quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Acusações infundadas contra missionários são retiradas da Internet


O Departamento de Comunicação da FUNAI, tomando conhecimento de que acusações imputadas a membros da Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) que atuaram entre a população indígena Zo’é, no estado do Pará, já foram investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em Santarém e consideradas improcedentes, decidiu retirar de seu website as matérias que continham algum tipo de declaração acusatória.

Isso porque em documento protocolado pela MNTB em 07/08/2010 requerendo direito de resposta, foi anexado relatório da Polícia Federal com a declaração oficial de que: “Pelo exposto, esta autoridade não encontrou provas suficientes para que pudesse concluir que a presença da MNTB na região teria ocasionado ...” danos à população Zo’é (IPL085/1998-DPF.B/SNM/PA) e, comprovada a inocência dessas pessoas o Ministério Público Federal requereu “O arquivamento do feito, pois que não comprovados os crimes previstos no art. 121, caput, CP, e crimes previstos no art. 267 e 268, imputados de início, a membros da MNTB.” (Processo n. 2000.39.02.001859-0), sendo a mesmo arquivado pela Justiça Federal em 27 de fevereiro de 2004.

Essa iniciativa foi por demais importante, pois abre caminho para que outros websites e blogs que copiaram as referidas informações diretamente do site da FUNAI, acreditando tratar-se de dados oficiais e atualizados, refaçam suas colocações e não continuem caluniando e difamando pessoas inocentes como vem acontecendo. Posto que essas acusações não têm mais nenhuma fundamentação, entende-se que qualquer declaração com esse teor configura-se claramente como ofensa e injúria a pessoas inocentes e um sério desrespeito a uma decisão judicial.

Também acreditamos que, a partir desses esclarecimentos, os leitores que foram influenciados por essas matérias possam reelaborar o seu conceito sobre as agências missionárias evangélicas atuantes entre os povos indígenas, pois o resultado de atuação dessas missões junto às populações indígenas é muito diferente do que a mídia sensacionalista tem procurado passar. E isso não foi diferente entre os Zo’é, como se pode ler nos relatórios dos próprios médicos da Funai que visitaram a tribo durante o tempo em que a MNTB prestava-lhes assistência, disponíveis aos interessados em conhecer a verdade sobre essa questão.

Na verdade, foi o trabalho incansável dos missionários no cuidado à saúde desse povo, o fator preponderante para que fossem salvos da extinção à que já estavam fadados, devido à malária já existente entre eles antes do contato. Relatórios e censos demográficos sobre essa etnia apontam que a população zo'é cresceu de 119 pessoas no primeiro censo elaborado pela MNTB para 136 em apenas 04 anos de atuação da Missão entre eles. Hoje, segundo censo da Fundação Nacional de Saúde, já são mais de 250 pessoas, resultado que alegra a todos os que contribuíram para que isso se tornasse realidade.

Fonte:http://www.indigena.org.br/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=40:acusacoesretiradasinternet&catid=3:artigos

sábado, 10 de dezembro de 2011

ÍNDIOS DE ALTAMIRA DECIDEM AFASTAR ATUAL COORDENADOR.


Insatisfeitos com a política adotada pela FUNAI de Altamira, através da coordenação do servidor FABIO AUGUSTO NOGUEIRA RIBEIRO, indígenas de várias etnias da região do Xingu, tendo á frente os Xikrin, exigiram da Presidência da FUNAI, o afastamento do servidor, decisão que já foi acatada pela presiência através da portaria de exoneração, datada de 09/12/11.
Entre os motivos da revolta dos indígenas destaca-se a inabilidade da coordenação na implementação de ações junto á Norte Energia. Os índígenas reclamam que a FUNAI tem dificultado para que as compensações relativas á Hidrelétrica de Belo Monte, sejam efetivamente implementadas na aldeias, o que causou insatisfação geral em quase a totalidade das aldeias.
A grande maioria dos indígenas da região apoiam o projeto de construção da hidrelétrica, entretanto querem que as melhorias prometidas, sejam agilizadas nas aldeias. Para haver uma sintonia de ações e consequentemente, efetivação dessas compensações, é necessário que FUNAI e NORTE ENERGIA trabalhem em parceria, o que não vinha ocorrendo com a administração local. Os índios aguardam que a presidência acate a indicação do nome de um servidor que será escolhido pelos próprios indígenas.

Fonte: http://caetanearaltamira.blogspot.com/2011/12/indios-de-altamira-decidem-afastar.html

Veja outras matérias neste link: http://caetanearaltamira.blogspot.com/2011/11/indios-funai-vive-seu-pior-momento.html?

Índios Zo’é hospedam-se em hotel cinco estrelas em Santarém


Para quem se hospedou na semana passada num dos mais famosos hotéis de Santarém, o Barrudada, ganhou como brinde o encontro com quatro representantes da etnia Zo’é, que a FUNAI sempre divulgou viver “isolada” na selva amazônica.

Segundo pessoas que estiveram com eles, estavam acompanhados de um representante do Departamento de Índios Isolados e Recém Contatados da FUNAI (DIIRC), o sertanista Antenor Vaz, Dr. Ericki Jimenis, membro da ONG Amazoé e de um dos funcionários que cuida da estrutura da Frente Etnoambiental Cuminapanema. Mas de acordo com outras informações, estavam também ali a antropóloga Belga, Dra. Dominique Gallois e a Prof. Ana Suely Cabral, entre outros.

Segundo declaração dos próprios indígenas, vieram a Santarém para adquirir armas de fogo e outros objetos que até então foram privados de possuírem enquanto mantidos isolados. Só não se sabe quais são os critérios adotados pela Funai para a introdução deste tipo de arma nessa comunidade e quem está financiando a compra desses elementos.


Diante disso, o que pode se perceber é que o discurso de que os Zo’é são um povo isolado e estão felizes nesse status já não mais se sustenta. Se esses indígenas se hospedam em hotel 05 estrelas e vieram à cidade buscar até armas de fogo, com certeza já não querem mais viver na idade da pedra como muitos sertanistas e alguns acadêmicos advogam.

Cabe agora à FUNAI e a ONG Amazoé, registrar oficialmente que elas mesmas estão promovendo a integração desse grupo e os motivos porque impuseram por tantos anos esse isolamento.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Funai interdita área no Pará que pode abrigar índios isolados

A Fundação Nacional do Índio (Funai) vai restringir, por dois anos, a entrada de pessoas na Terra Indígena Ituna/Itatá, no Pará. O objetivo é fazer estudos sobre a presença de grupos indígenas isolados entre os rios Xingu e Bacajá. Apenas funcionários do órgão estão autorizados a entrar na área.

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (12). Funcionários da Funai vão fazer estudos preliminares, com base em expedições de rotina e relatos de indígenas e moradores das proximidades, que indicam a presença de índios isolados na região. De acordo com o órgão, é necessário fazer uma interdição administrativa da área para garantir a segurança dos funcionários e proteger esses grupos, que não mantém contato com a chamada civilização.

Há 67 referências de índios isolados em todo o Brasil. Na região paraense interditada, além dos índios não contatados, vivem comunidades Araweté, Apiterewa, Asuriní e Xikrin. Atualmente, na Funai, 12 Frentes de Proteção Etnoambiental trabalham exclusivamente com índios isolados e recém contatados em todo o país.

Essas frentes atuam em regiões onde existem referências de índios isolados, desenvolvem atividades de pesquisa de campo para conhecimento das áreas de ocupação e faz levantamentos etno-históricos para dimensionar e identificar o território desses povos indígenas. Ainda há programas de proteção, vigilância e fiscalização da terra indígena, além de ações preventivas nas áreas de saúde e educação.

Fonte: Agência Brasil