sábado, 8 de junho de 2013

Índios Zo'é são vítimas de hepatite viral

Sespa realiza ação contra as hepatites em aldeia indígena

15/04/2013
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Da Redação
Agência Pará de Notícias
ASCOM
Membros da Coordenação Estadual de Hepatites Virais da Sespa durante a ação na aldeia de Cuminapanema, no município de Óbidos
ASCOM
Foram realizadas 262 sorologias com o método de teste rápido para detecção dos tipos A, B, C e D, atingindo 98% da população.
Membros da Coordenação Estadual de Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizaram ação de sorologia para detecção de hepatites virais na aldeia de Cuminapanema, etnia Zo'é, no município de Óbidos, oeste do Estado. A iniciativa foi necessária em função do surto de hepatite A no lugar, que registrou 14 casos confirmados por meio de investigação epidemiológica que já vinha acontecendo desde dezembro de 2012.
O atendimento foi orientado pelo médico Erik Jennikins, do Ministério da Saúde, e pela médica Márcia Iasi, hepatologista da Coordenação de Hepatites Virais da Sespa. A atividade contou com a participação de técnicos do Instituto Evandro Chagas, do Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (Dsei Guatoc) e do enfermeiro Clebson Printes, responsável técnico do Polo Indígena de Santarém e foi realizada nos dias 6 e 7 deste mês.
A coordenadora estadual de Hepatites Virais, Cispalpina Cantão, informa que durante os dois dias de ação da Sespa foram realizadas 262 sorologias com o método de teste rápido para detecção dos tipos A, B, C e D, atingindo 98% da população. O paciente que apresentar resultado positivo para as hepatites será encaminhado para tratamento. Até o momento, 90 novos casos de hepatite A foram detectados. Nos próximos dez dias, o Instituto Evandro Chagas ainda emitirá um laudo com o resultado das sorologias para os demais tipos da doença.
Durante as atividades, a população indígena participou de palestras educativas, recebeu orientações básicas sobre saúde e fez a coleta sorológica para as hepatites B, C e D. Segundo Cisalpina Cantão, a finalidade é fortalecer as ações de combate à doença nas comunidades indígenas, dar condições de prevenção para este agravo, além de contribuir para o planejamento de outras ações. “Nosso objetivo é informá-los sobre a importância do exame sorológico e, assim, evitar a evolução desta doença para cirrose ou até mesmo o câncer de fígado”, afirmou.
Não é a primeira vez que a Coordenação de Hepatites Virais da Sespa realiza pesquisas sorológicas em aldeias indígenas. Em março de 2012 foram feitas 279 pesquisas sorológicas para as hepatites B, C e D, sendo 239 na Aldeia Gorotire Kayapó e 40 testes na Aldeia Ladeira, no município de Cumaru do Norte, sudeste paraense. De acordo com Cisalpina, o diagnóstico precoce para as hepatites é de suma importância, pois a doença geralmente é silenciosa. Na maioria dos casos os sintomas não aparecem e quando ocorrem, já em fase crônica, os sintomas mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Texto:
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